Mais do que nunca, estamos percebendo a grande interdependência entre tudo e todos.
Estamos à um passo de reconhecer uma grande Verdade: Não somos separados de tudo e todos no Universo, como estávamos habituados à sentir, na verdade esta uma grande ilusão de nossa percepção.
Tudo está entrelaçado.
O homem não teceu as tramas da Terra. Ele é apenas um fio.
Tudo o que ocorrer à Terra, ocorrerá aos filhos da Terra.
A nossa existência é, então, um grande Teia Cósmica Energética em que tudo o que pode ser chamado de individualidade está de alguma forma, separado do Real,
e que falar de Vida só faz sentido quando se tem em mente a unidade de todos com a grande Teia Cósmica Universal.
Devemos nos reconhecer nesta Teia da Vida, assumir nossa parte.
Os sistemas vivos, em todos os níveis são pequenas ou grandes redes.
Em cada escala, sob estreito e minucioso exame, os nós das redes se revelam como redes menores e menores...
Em outras palavras, a teia da vida consiste em um sistema de redes dentro de redes.
Nós humanos tendemos a arranjar esses sistemas, num sistema hierárquico,
colocando os maiores em cima dos menores, à maneira de uma pirâmide.
Mas isso é uma projeção humana.
Na natureza não há "acima" ou "abaixo", e não há hierarquias.
Há somente redes aninhadas dentro de redes.
Há a articulação entre as diversas unidades que, por meio de certas ligações, trocam elementos entre si, fortalecendo-se reciprocamente, e que podem se multiplicar em novas unidades, as quais, por sua vez, fortalecem todo o conjunto na medida em que são fortalecidas por eles, permitindo-lhes expandir em mais unidades.
A rede nunca é a mesma em 2 instantes seguidos, nem para de crescer e se espairar.
A conectividade é a razão do movimento permanente da rede.
Conexões produzem conexões.
Uma rede não comporta centro porque cada ponto conectado pelo emaranhado de linhas, pode vir à ser o centro da rede num determinado instante.
(Texto baseado do Livro A TEIA DA VIDA de Fritjof Capra)